botão whatsapp

Melhores Momentos COPA 2021 – 24/04/2021

Melhores Momentos COPA 2021 - 24/04/2021

Confira um resumo sobre algumas aulas que foram ministradas no COPA 2021, tudo aos olhos de quem também está estudando.

Dra. Rúbia Pelliser  – Bolsista Crônicas de Anestesio R3        25/04/2021

• How to promote perioperative safety in the premature newborn and in the former premature?
   Palestrante: Dr. Nicola Disma
O estudo APRICOT em 2017 demonstrou a incidência de eventos críticos em pediatria em 261 hospitais da Europa. Nesse estudo foi possível avaliar que as complicações que ocorriam em neonatos, especialmente em prematuros, diferia bastante das complicações apresentadas pelas crianças com idade mais avançada.

Esse achado despertou o interesse para a realização de um estudo que pesquisasse a incidência de morbidade e mortalidade nesse grupo de crianças em particular. No estudo APRICOT apenas 10,6% dos pacientes tinham idade inferior a 1 ano. O estudo NECTARINE é uma continuação natural do estudo APRICOT e foi realizado na Europa.

O estudo pretendia avaliar os seguintes tópicos: Qual a incidência de intervenções ou tratamentos realizados em resposta aos eventos críticos? Qual a morbidade e mortalidade em 30 e 90 dias no pós operatório?
  • Morbidades: neurológicas, cirúrgicas, respiratórias, cardiovascular, hepática e renal.
  • Desfecho em 90 dias e readmissão hospitalar.

Quais são os fatores de risco para morbidade e eventos críticos?
Qual é a prática atual da anestesia neonatal?

População estudada: Neonatos e prematuros com idade pós conceptual de até 60 semanas corrigidas – resultando em 5000 pacientes avaliados em um período de 12 semanas.

Intervenções avaliadas:
  • Manejo de via aérea
  • Oxigenação
  • Ventilação alveolar
  • Glicemia e natremia.
  • Instabilidade cardiovascular
  • Temperatura corporal
  • Oxigenação cerebral
  • Anemia

Alguns desfechos interessantes: A maioria das intervenções da oxigenação só ocorreram quando a saturação arterial atingiu o valor de 85%. A hipotensão na maioria dos casos só foi tratada após uma queda de 30% no valor da pressão arterial sistólica. Em 97,8% dos casos houve sucesso na intubação orotraqueal, porém em 13,3% dos pacientes ocorreu dificuldade para a ventilação sob máscara facial, 39,5% tiveram queda de oxigenação e 7,7% tiveram bradicardia durante a tentativa. A indecência de mortalidade em 30 dias foi de 17%!!!! E a de morbidade 3,2%. A principal causa de morbidade em 30 dias foi de origem respiratória, sendo seguida por complicações cirúrgicas, cardiovasculares, neurológicas, renais e Hepáticas. A principal causa de mortalidade foi a sepse. A incidência combinada de hipotensão, hipoxemia e anemia contribuiu para uma elevação da morbidade com um risco relativo de 3,3. Também teve um risco relativo para aumento de mortalidade de 19.8!!!! Mais uma vez, foi possível concluir que quanto menor a idade da criança maior o risco de incidência de desfechos negativos; 35,7% das crianças com eventos críticos eram prematuras; 43,8% apresentavam anormalidades cardíacas;

Os tratamentos mais aplicados para as complicações foram: Oxigenação: FiO2 100%, ventilação manual, IOT emergencial. Ventilação: mudança do modo ventilatório, ventilação manual. Hipotensão: bolus de cristaloide ou albumina, plaquetas, mudança na profundidade anestésica. Efedrina, noradrenalina, felinefrina, dopamina, dobutamina, epinefrina. Bradicardia: atropina, epinefrina, desfibrilação. Temperatura: aquecimento ativo, fluidos aquecidos. Alteração do NIRS (monitor de oxigenação cerebral): correção da hipotensão, melhora da oxigenação.

É importante destacar a necessidade de que seja realizada uma cuidadosa avaliação pré anestésica nesses pacientes, mesmo que para procedimentos simples e que essas crianças sejam levadas pra procedimento cirúrgico apenas quando otimizadas adequadamente quanto a suas condições de saúde perioperatorias, otimizando a função hemodinâmica.

A ocorrência de dessaturação, hipotensão e anemia leva a um ciclo vicioso no qual um aumenta a ocorrência do outro e perpetua o quadro.

A estabilidade no intraoperatorio afeta o desfecho desses pacientes. Portanto é necessário que esteja disponível monitorização ampla e confiável e interpretação adequada da mesma.

A mortalidade geral no estudo foi de 3,2%, mas quando observamos a mortalidade especificamente nos neonatos a incidência foi de 4,1%!

É preciso melhor o enfoque na avaliação pré operatória, na otimização das condições para a cirurgia, tempo e timing para operar o paciente, manutenção da estabilidade no intraoperatorio e seguimento a curto e longo prazo.

Para finalizar!!
Preste atenção:
nas condições que são fatores de risco e que podem ser corrigíveis.

Lembre que: é necessário uma harmonização da prática anestésica nesses pacientes e uma busca pelo ensino continuado quando se trata da anestesia pediátrica nessa população de neonatos e crianças com idade inferior a 1 ano nascidas prematuras.

O COPA é o Congresso Paulista de Anestesiologia realizado pela SAESP (Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo). É um dos maiores congressos de anestesiologia do Brasil, em cuja programação são oferecidas palestras com profissionais nacionais e internacionais, com uma gama enorme de conhecimento.

Clique no link e conheça um pouco mais desse maravilhoso Congresso.

Start typing and press Enter to search

Shopping Cart
Não há produtos no carrinho.